segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O que resta: parte 2


O que resta: parte 2


O que resta: o Portuguese settlement

Para além de ruínas da presença histórica dos portugueses em Malaca resta ainda - e talvez seja esta a parte mais importante - um pequeno bairro onde as ruas têm os nomes de Almeida, Araújo, Teixeira... e onde moram os descendentes dos filhos que os os soldados de el-rei de Portugal  foram tendo com as mulheres da terra. Designado por "Portguese settlement" fica afastado do centro histórico e, por isso, os turistas que por Mallaca passam nem dele se apercebem. O nosso guia - chinês - levou-nos lá depois de alguma insistência, não percebendo que era para nós importante visitá-lo, mesmo que haja muito pouco para ver. Um conjunto de casas, com pequenos sinais da convicção católica dos seus moradores, um terreiro onde se fazem algumas festividades e que tem um restaurante, um pequeno museu e um pequeno altar a S. Pedro. No centro histórico tivemos um encontro com um homem que tocava na rua para ganhar a vida e que ao descobrir que éramos portuguesas, me perguntou num português que lhe saiu com alguma dificuldade, mas entendível, o meu nome e que respondeu, com um sorriso imenso, dizendo que se chamava Pedro, nos deu as boas vindas a casa e nos tocou na sua harmónica a Tia Anica de Loulé. Confesso que foi um momento que me emocionou.

domingo, 29 de setembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que resta

Para além da porta de Afonso de Albuquerque, na parte velha de Malaca restam ainda como testemunho da presença do domínio português as ruínas da igreja de São Paulo. Mas mais do que esse vestígio material resta a palavra GEREJA, que foi incorporada na língua local (na Indonésia também é a mesma) que significa, como é fácil de perceber, igreja.

O que resta : ruínas da igreja de São Paulo



terça-feira, 24 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Que resta: parte 1

O que resta da memória da presença dos portugueses em Malaca é realmente muito pouco. Foram os barcos de sua majestade el-rei de Portugal os primeiros europeus a aportarem por aqueles paragens nos idos de Quinhentos e por lá ficaram alguns anos, dominando o comércio que enriquecia os cofres do reino. Até que a cobiça dos holandeses os venceu e os portugueses tiveram que sair e deles ficou, em termos materiais pouco mais do que algumas ruínas. A maior e mais bem conservada é uma das portas da fortaleza que Afonso de Albuquerque mandou construir, e que se ergue ainda na parte velha da cidade, visitada por centenas de turistas, sobretudo vindos das redondezas, mas também alguns ocidentais.

O que resta: parte 1


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Por esse rio acima....

Há pouco mais de uma semana regressei da minha última participação na conferência internacional das bibliotecas, que nos últimos oito anos me levou quase a todos os continentes. Este ano não podia ter terminado da melhor maneira, regressando novamente à Ásia, mais precisamente a Singapura. Aproveitando tão longa viagem e a proximidades com outras paragens onde os portugueses desembarcaram em demanda da pimenta, canela, gengibre, sedas e porcelanas, estendi a estadia e fiquei por aquelas bandas cerca de 4 semanas. O roteiro da viagem, para além de Singapura, incluiu Malaca, Kuala Lumpur, Java e finalmente Bali. Foram 4 semanas cheias de imagens, cores, cheiros... de que resultaram algumas centenas largas de fotografias.  Certamente que ao partilhá-las aqui recordarei de novo esses momentos, esses lugares e as gentes que os habitam. Tal como aconteceu na Índia, os contrastes são grandes e impressiona o movimento que se vê por toda a parte. As cidades são cheias de gentes, geralmente muito jovens e sente-se uma vibração de entusiasmo e optimismo que há muito a Europa deixou de sentir.