quarta-feira, 25 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Regresso a casa

A alegria das brincadeiras


Na escolinha de Mumemo


A escolinha de Mumemo

Mumemo

Mumemo foi uma das razões que me fizeram ir até Moçambique. Os escassos 3 dias e meio que lá passei foram uma das melhores experiências de vida que tive até agora. O bairro 4 de Outubro, em Mumemo, surgiu com a necessidade de realojar as vítimas do bairro do Chamanculo-C, nos arredores de Maputo, após as grandes cheias de 2000 e 2001. O projecto inicial, tomado em mãos pelas irmãs da Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculadas Conceição, foi construir um novo bairro para cerca de 1780 famílias. Surgiu então, com apoios internacionais, o bairro 4 Outubro, em Mumemo, cerca de 30 kms. de Maputo.
O que está feito até este momento é uma obra notável a todos os níveis: alojamento, educação, auto-suficiência das populações que vivem no bairro. Muitas vezes somos solicitados a dar contribuições para África. Muitas vezes também ficamos na dúvida se as nossas pequenas ajudas chegam mesmo a quem delas mais precisa. No caso de Mumemo elas não se perdem em mãos menos escrupulosas, têm chegado para construir Mumemo. O trabalho que as irmãs têm realizado com as ajudas exteriores, envolvendo os habitantes do bairro, está bem visível nas escolas - desde a creche para os meninos pequenos que todos os dias chegam, grande parte das vezes com os sinais bem evidentes da subnutrição, à escola profissional, onde são ministrados diversos cursos técnicos para rapazes e raparigas - no centro médico, nos furos de água potável - durante os dias em que lá estive bebi sempre água da rede interna do bairro - na rede eléctrica.
Os poucos dias lá passados foram cheios de emoções boas. Porque conheci a menina de quem sou madrinha à distância, porque me deram a possibilidade de fazer parte - uma parte muito pequena, é certo, deste projecto magnífico - porque me permitiram perceber de uma forma mais consciente como nós, deste lado ocidental do mundo, temos tantos bens materiais completamente inúteis e, por vezes, deixamos passar ao lado aquilo que é verdadeiramente importante: a entrega, a generosidade, a alegria de pequenos momentos...
Ficou a vontade de voltar e ficar mais tempo.
Quem quiser saber mais sobre Mumemo é só ir aqui: http://mumemo.no.sapo.pt/index.html .

Mumemo


quarta-feira, 18 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Na praia, à espera dos barcos

A caminho do bairro dos pescadores

Num fim de tarde, os meus amigos de Maputo levaram-me a um bairro de pescadores para lá da Costa do Sol, a poucos quilómetros do centro da cidade. Ao longo do caminho de terra batida, avermelhada e poeirenta o carro cruzou-se com vários habitantes, adultos e crianças. Os barcos estavam a chegar da faina e na praia as mulheres esperavam para receber o peixe. Apesar da luz dourada do entardecer, eu preferi o preto e branco para fixar alguns dos momentos.

Na estrada

domingo, 8 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vista da marginal de Maputo


Impressões de Maputo

Maputo foi uma experiência bem diferente de Durban. A cidade cativou-me por várias razões: a beleza natural - a marginal é lindissima - a largueza das suas avenidas, a qualidade arquitectónica dos edifícios, foram algumas. Apesar de todas as vicissitudes causadas pelos acontecimentos dramáticos do passado recente, que se observam um pouco por todo o lado, Maputo é uma cidade acolhedora. É certo que há lixo nas ruas, que em algumas o alcatrão é apenas um remoto vestígio, que muitos edifícios estão perto da ruína, mas sente-se uma atmosfera positiva. Os cafés têm esplanadas nos passeios, que estão cheias de gente. E, ao contrário do tinha acontecido em Durban, passeei sozinha pelas ruas, sem sentir nenhum receio especial.É claro que estou a falar do centro de Maputo, não dos inúmeros bairros pobres que a circundam e dos quais tive um pequeno vislumbre na viagem de cerca de 30 km até Mumeno. Aí tudo é diferente, com as condições de vida no limite da sobrevivência.