segunda-feira, 30 de junho de 2008

domingo, 29 de junho de 2008

Apamea
























































































Apamea: sistema de canalização

Apamea: a moderna casa do guarda do lugar

Apamea, a cidade das mil colunas

Apamea foi uma cidade próspera, fundada em 300  a.C. por um dos generais de Alexandre,  Seleuces Nicator, que ter-lhe-á dado este nome em homenagem à sua mulher Afamea. Juntamente com Antioquia e Seleucia foi uma das mais importantes do império Seleucida. Posteriormente, foi romana, depois persa, depois bizantina até se tornar, definitivamente, árabe.
Situada na margem direita do rio Orontes, no alto do monte que domina o vale Ghah, Apamea chegou a contar com cerca de meio milhão de habitantes. O esplendor passado é hoje ainda bem visível aos olhos dos visitantes. As ruínas que sobreviveram à acção do homem, do tempo e da natureza (2 grandes terramotos no século 12 causaram-lhe grandes danos) são ainda suficientemente imponentes para se perceber a sua antiga beleza. Percorrer vagarosamente os cerca de 2 kms da rua principal - construída pelos edificadores romanos e por eles designada como Cardo Maximus -, admirar os vestígios das casas e dos templo que a ladeavam é quase como fazer uma viagem no tempo. Se fecharmos os olhos, no silêncio do presente, quase que podemos sentir à nossa volta o bulício próprio das grandes urbes. As imagens dão apenas uma pequena ideia do que foi a experiência da visita a Apamea.

O kitsch em versão síria, ou um oásis na beira da estrada

Ebla



































































sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ebla

Ebla (rocha branca) foi uma antiga e importante cidade-estado. Teve o seu apogeu no início do 3º milénio a.C. e entre 1800 e 1650 a.C.  Descoberta na década de 1960 por uma equipa de arqueólogos italianos que nas escavações que então iniciaram - e que continuam actualmente a realizar-se - encontraram cerca de 15.000 placas de argila cobertas de escrita cuneiforme, em línguas suméria e eblíta, uma língua semita até aí desconhecida. Situada no imensa planície, quem hoje visita o sítio da antiga Ebla pode observar, numa pequena colina artificial, os vestígios de um palácio, várias dependências e os resto de um templo. O lugar fica isolado das aldeias mais próximas e os únicos seres com que nos cruzámos foram um pastor com o seu rebanho de cabras e ovelhas. Embora ainda o sol ainda não tivesse atingido o meio dia, já dificilmente se  suportava. Sobretudo, porque não havia em redor qualquer sombra apaziguadora.

terça-feira, 24 de junho de 2008

São Simeão (7)

São Simeão (6)

São Simeão (5)

São Simeão (4)

São Simeão (3)

São Simeão (2)

São Simeão (1)

Primavera entre as ruínas

Ainda sem clientes

Ícone do século 15 representando S. Simeão


São Simeão

Nas imediações de Aleppo, no cimo da monte hoje conhecido por Sheik Barakat, ficam ruínas da basílica dedicada a São Simeão. A história do sítio está intimamente ligada com a do pastor Simeão que sentindo cedo o chamamento divino, escolheu uma vida de recolhimento, ascetismo e oração. No seu caminho, decidiu refugiar-se neste lugar e isolar-se do mundo e das suas tentações. Contudo, a fama da sua santidade foi-se espalhando, atraindo um número cada vez maior de peregrinos, que procuravam Simeão para se aconselharem ou para rogarem as suas orações. Incomodado, Simeão instalou-se em cima de um pilar que foi crescendo à medida que a sua fama aumentava, tendo possivelmente atingido os 15 metros de altura. Foi sentado no seu topo que Simeão viveu 37 anos, até à sua morte, em 459. Para celebrar a sua vida foi construída uma basílica que chegou a ser a maior construção arquitectónica do mundo cristão no período bizantino.
Visitámos este sítio cedo, numa manhã de primavera. Os campos das planícies em redor alternavam entre o verde das plantações e a cor do deserto. Por entre as pedras espalhadas rompiam tufos de papoilas rubras e malmequeres amarelos. No ar pairava uma atmosfera especial, que apelava ao recolhimento e ao silêncio, apenas quebrado pelo canto dos pássaros.

sábado, 21 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Deambulando por Aleppo (4)

Pátio de uma fábrica de sabões

Deambulando por Aleppo (3)

Deambulando por Aleppo (2)

Deambulando por Aleppo (1)

Entrando na cidade para lá das muralhas

Quando o passado se mistura com o presente...

E agora?!

Aleppo by night

Aleppo

Aleppo disputa com Damasco o título da cidade, sempre habitada, mais antiga do mundo. Os mais antigos vestígios arqueológicos datam do II milénio a.C. Tal como outras cidades da Síria, a sua história é feita de ocupações que se foram sucedendo -  hititas, assírios, persas, gregos, romanos... - e que foram deixando as suas marcas arquitectónicas e culturais. Teve o seu período de maior esplendor depois do ano 1000, quando se tornou numa das paragens das caravanas que do oriente traziam incenso, especiarias, sedas... que depois, pelo Mediterrâneo, seguiam para o ocidente. Os souks de Aleppo ainda hoje constituem um verdadeiro apelo para os sentidos. Deambular pelas suas estreitas, frescas e labirínticas galerias cobertas é uma experiência que se torna verdadeiramente fascinante, pelos mil cheiros que andam no ar, que evocam sabores requintados, pelas cores exuberantes dos tecidos .... E claro, o acto de comprar implica sempre uma conversa com o vendedor que no meio da discussão do preço, nos vai perguntando donde vimos e nos dá, com um sorriso gentil, as boas vindas. 

terça-feira, 17 de junho de 2008